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Plantado em sistema agroflorestal por Noboru Sakaguchi, pai do agricultor Francisco Wataru Sakaguchi, o cacau da variedade Maranhão, colhido em Tomé-Açu, no Pará, apresenta notas de frutas secas, madeira e castanhas. Francisco aplica a prática artística e espiritual da “Agricultura Natural” em sua propriedade, um sistema holístico guiado pela sabedoria intrínseca da natureza, que procura entender as relações físicas sutis e os vínculos espirituais que existem entre todos os elementos envolvidos no cultivo do alimento: a terra, o sol, a chuva, o vento, o agricultor, as pessoas que consomem o alimento e a sociedade em que vivem. Seu propósito é nutrir a saúde e o bem-estar de todos os elementos.

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“Os japoneses foram trazidos para instalar no Norte os mesmos sistemas do Sul. Ou seja, monocultivos. Só que aqui a coisa era diferente.” – Francisco Sakaguchi em entrevista à Revista Piauí

Nessa mesma década, a Colônia de Tomé-Açu, como foi rebatizada, vivenciou o sucesso das plantações de pimenta-do-reino e, depois de alguns anos, 7% de toda a pimenta comercializada no mundo era fruto do trabalho de duzentas famílias na Amazônia. Noboru dedicou-se ao cultivo da especiaria, mas no meio da pimenta, incentivou também outros cultivos que pudessem dar um retorno econômico mais imediato. O plantio biodiverso era necessário. O que hoje denominamos de sistemas agroflorestais chegou para Noboru como um insight ao viajar pelo Brasil à procura de espécies frutíferas: a preservação da própria floresta nativa na sua exuberância de variedades. Esse era um conceito novo e que fora contestado de início pela Colônia devido à antigos fracassos e supostos aprendizados. Mas Noboru insistiu no que Francisco apelidou de “salada de frutas” ao lembrar o discurso de seu pai: “planta misturado. Nem tudo vai sobreviver, mas não é um problema. Morreu, perdeu o lugar. Planta outra coisa”.

 

Ao combinar reflorestamento natural com o plantio de espécies comerciais, Noboru encontrou um sistema híbrido que preservava a biodiversidade. Noboru Sakaguchi fez da variedade o princípio do seu sistema. Não é à toa que podem ser encontradas hoje diversas espécies na Fazenda Sakaguchi, desde café, cacau, cupuaçu, andiroba, açaí, guaraná, pitaia, graviola, limão, tangerina, acerola, pimenta-do-reino, canela-da-china, cardamomo, castanha, pupunha e até mesmo mangostão, rambutão, puxuri, quinina, camu-camu, sapucaia, cumaru, abiu, durião, entre muitas outras por vezes totalmente desconhecidas pela grande maioria.

Com o legado de ensinamentos e aprendizados de seu pai, além de seu profundo conhecimento da mata e conexão com a natureza, Francisco Sakaguchi considera-se atualmente um extrativista e não mais um agricultor; aplicou a “Agricultura Natural” em grande parte de sua propriedade, um sistema holístico que é guiado pela sabedoria intrínseca da natureza. Ele combinou a fruticultura natural com os sistemas agroflorestais. “Em termos de sabor e de segurança, o produto  já é diferenciado, tanto para o consumidor quanto para o produtor. Evita-se ao máximo o uso de produtos químicos e ganha-se com a enorme influência da natureza na qualidade, no sabor e no aroma das frutas”, destaca Francisco

Referência no processo de fermentação, denominado de CAMTA Superior e desenvolvido por colonos descendentes de japoneses, por meio da criação de 200 tipos e formas de cochos, o chocolate Sakaguchi apresenta notas de frutas secas, madeira e castanhas, sabor e aroma herdados do cacau da variedade Maranhão e de alta intensidade. É agradável e palatável.

IMPACTO SOCIAL E AMBIENTAL

Este trabalho impacta diretamente mais de 100 pessoas e contribui para manter em pé 400 hectares de floresta. Da colheita à produção, buscamos ser responsáveis, solidários e socioeconomicamente justos.

 

OUTROS INGREDIENTES

Açúcar demerara manteiga de cacau.


Chocolate Sakaguchi - 78% Cacau

Coordenadas geográficas do local de colheita do cacau:

02° 24' 14.9" S | 48° 09' 59.3" O

TOMÉ-AÇu - Pará - Amazônia – Brasil

O chocolate Sakaguchi homenageia uma família japonesa que tem uma relação histórica com a região onde fincaram as suas raízes e plantaram cacau em sistema agroflorestal. César é amigo de Francisco Wataru Sakaguchi, proprietário da fazenda que fornece o cacau deste delicioso chocolate colhido em Tomé-Açu, no Pará. Francisco é filho de um engenheiro florestal chamado Noboru Sakaguchi. Ele se mudou para o Brasil em meados do século XX e plantou uma floresta em que hoje são colhidas mais de 80 frutíferas, com árvores frondosas e uma biodiversidade notável. O que nem muitos sabem é que toda essa área havia sido totalmente desmatada. O feito rendeu não apenas uma homenagem em uma publicação japonesa, mas essencialmente o grande êxito de regeneração da área por meio do sistema agroflorestal de plantio depois de sucessivos fracassos de gerações anteriores no cultivo de monoculturas.

Em 1929, um grupo de 189 imigrantes japoneses chegou à Colônia Acará, localizada no atual município de Tomé-Açu, no nordeste paraense. A intenção da Companhia Nipônica de Plantação do Brasil, empresa fundada com o incentivo do governo japonês, era de desenvolver na região o maior projeto de cultivo de cacau do mundo. Como diversas outras experiências de implantação de monoculturas na área, esse projeto também fracassou depois de sucessivas tentativas que simplesmente desconsideraram a realidade dos trópicos brasileiros. Segundo Francisco, o grande problema era que além do desconhecimento do clima e do local, a maioria só conhecia o plantio de hortaliças e arroz. Desmataram tudo por meio de queimadas com o objetivo de limpeza da área, plantaram cacau no sol e não na sombra como se deve e a lavoura ainda atraiu pragas diversas para adicionar aos muitos aprendizados que diversas gerações nipônicas tiveram na região.

Noboru Sakaguchi, por sua vez, desembarcou no Pará apenas em 1957, recém-formado em engenharia florestal pela Universidade de Agricultura de Tóquio (Tóquio-Nodai) e incentivado pelo governo japonês a se estabelecer em países como Indonésia e Brasil para se dedicar ao cultivo da seringueira e à produção da borracha. Noboru chegou a destinar 12 hectares ao plantio de seringueiras, mas logo percebeu que seu olhar para aquela nova realidade deveria ser outro.​

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